Pegue os seus guardados,
Cartas, dados, talismãs,
Vamos ganhar estradas.
Conhecer novas cidades,
É mais um aprendizado,
Não temas as novidades.
O futuro é amanhã,
É hora de acontecer,
É hora de renovar.
É hora de receber,
É hora de se doar,
Novo ciclo inicia.
Surge um novo dia,
Se amar não tem receita,
É só plantar e regar.
Com certeza a colheita,
Será rica e abençoada,
Doce mulher amada.
Jorge Gomes
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ACAMPAMENTO CIGANO
A fogueira está acesa;
O tapete colorido é a mesa,
O pão e o vinho presentes,
Alimentando essa gente,
Doces, frutas, licores,
Roupas nas mais lindas cores,
Veste esse povo,
O velho e o novo,
Mestre e aprendiz,
“Andarilhos do Mundo”
“Livres vagabundos”,
“Donos de seu próprio nariz”,
Ouça a música,
Quanta alegria,
Mística, mágica e contagia,
A mãe cigana alimenta a sua “cria”,
Seu homem vê orgulhoso
Todos sorriem e dançam,
Toda noite é uma festança,
Comemorando a vida,
Linda visão colorida,
Baila mulher cigana,
Baila e mexe comigo,
Sou gadjão , sou amigo,
Me envolve me enfeitiça,
Me provoca me atiça,
Eu trago meu amuleto,
Para a minha segurança,
Eu quero entrar na dança,
Prá poder bailar contigo,
Não temas nenhum perigo
,Já que a sorte foi lançada,
Tu és a “Dama de Ouros”
Sou o seu “Rei de Espadas”,
És o meu maior tesouro.
ACAMPAMENTO CIGANO
A fogueira está acesa;
O tapete colorido é a mesa,
O pão e o vinho presentes,
Alimentando essa gente,
Doces, frutas, licores,
Roupas nas mais lindas cores,
Veste esse povo,
O velho e o novo,
Mestre e aprendiz,
“Andarilhos do Mundo”
“Livres vagabundos”,
“Donos de seu próprio nariz”,
Ouça a música,
Quanta alegria,
Mística, mágica e contagia,
A mãe cigana alimenta a sua “cria”,
Seu homem vê orgulhoso
Todos sorriem e dançam,
Toda noite é uma festança,
Comemorando a vida,
Linda visão colorida,
Baila mulher cigana,
Baila e mexe comigo,
Sou gadjão , sou amigo,
Me envolve me enfeitiça,
Me provoca me atiça,
Eu trago meu amuleto,
Para a minha segurança,
Eu quero entrar na dança,
Prá poder bailar contigo,
Não temas nenhum perigo
,Já que a sorte foi lançada,
Tu és a “Dama de Ouros”
Sou o seu “Rei de Espadas”,
És o meu maior tesouro.
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Sonho
Sonho és para mim uma tortura
Como um véu negro vem a tapar-me a visão
Transporta minha alma a vil tortura
Ou quando não a mais cruel solidão
Através de ti, oh sonho, do além muito vejo
E muito vendo, de lá nada posso contar
Ouço vozes, risos, rostos dos quais tenho desejo
De quando acordar ter a ventura de lembrar
Muitas noites levas-me a lugares distantes
Lugares que por mim parecem já percorridos
Faze-me ver sombras, caminhando estavante
Sonho cruel,pois não sou socorrida
Docê cigano que me embriaga
Ao seu toque,estremece meu coração
Nas noites frias onde a Lua impera
Te espera minha alma em oração
Sou submiça aos teus desejos
Não me atrevo a dizer não
Respeito sim a minha raça
Que desiguinou um Handú pro meu coração
E nas noites tranquilas e silênciosas
Quando todos dormem o sono calmo e sereno
Sinto-me transportar para a vida mistériosa
Que vem fazer desta terra um planeta pequeno
(Thaise Camargo)
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Lendo a vida
Vejo a sorte
Abro as cartas
Embaralho...
Mãos de perfume
Palavra farta
Como atingir o topo?
Ponderações
Contradições
Não é trabalho!
É o meu baralho!
Magia...
Fantasia
Coerência
Emoções
Vida em jogo
Ditas num sopro...
Destino que aparece
Assusta,alegra
Vida ,morte
É a sorte embaralhada
Deitada na mesa
Visão de fada,intuição
Voz ouvida como canção
Vejo astros...
Lua...
Constelações,
planetas
Poder ,caridade
Verdade nua e crua
Segredos e mistérios
Desvendados,falados
Jogados como pedras em telhados
Alguns de vidro...
Sigo a leitura
Bom censo Incenso
Luz de vela,clarão
Luz,taça,água,punhal
Mágoa que aparece,
consolo
Jogo de vida
Jogo de sorte
Encanto,magia
Afastando a morte...
Vejo a sorte!
[Adriana Rodrigues Torres]
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Cigana
Chegaste tímida,
descalça e com lascívia no andar
E cantaste e tocaste a minha alma
E dançaste e provocaste o meu desejo
E simulaste, insinuaste e dissimulaste
E súbito olhaste no fundo de meus olhos e me desnudaste.
E as nossas células em rebelião bailaram de prazer
E suspiraste e mergulhaste e te abandonaste
na alegria de se saber mulher e desejada.
E de repente, sumiste e não mais voltaste.
E até hoje permaneceste na beleza e
sensualidade de todas as mulheres.
José Eduardo Mendes Camargo
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Essa Cigana...
Ah!... Essa cigana festeira e alegre
Ah!... Essa cigana festeira e alegre
Que caminha pelas ruas buscando
Em cada rosto um irmão, um amigo...
Mora comigo,
Faz do meu pranto comédia
E sorri da minha dor
Dança, canta, esquecida do amanhã,
Porque sabe que o hoje é vida,
E todas as misérias da vida, precisam ser esquecidas...
Irreverente e dócil...
Ama e se entrega enfurecida ao amor!
Um que de místico mora em seus olhos,
Um que de sombrio acompanha seus passos...
Tantas vezes morreu e tantas voltou...
Insiste em ser feliz, viver!
Traz um cigano sonhado no peito
Louco... fanático de amor...
A noite percorre todos os recantos dos sonhos,
Traz uma fogueira acesa, enormes labaredas
De fogo em todo seu ser...
Quem entende essa mulher, que vive
Lembrando sua infância,
sendo na alma
Uma criança?...
Trazendo na retina uma
Lágrima brilhante de quem vai chorar ...
E de um salto se põe a dançar
Feliz como uma mariposa
Na luz da fogueira...rosto
Incandescente, apaixonado,
Louca de amor por tudo que a cerca,
Triste e alegre, mistura tudo velozmente!
Quero entendê-la, não encontro respostas...
Acho que nunca alguém a entendeu...
Ela mora em minha alma...
Essa cigana sou eu!
Marilena Trujillo
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Tempos Felizes
Dorinha Yoshinaga
Saudades da minha vida despojada,
brinco de argolas, saia estampada,
esmalte vermelho e pés descalços!
Jovem superando todos percalços,
lá ia eu, feliz da vida, cheia de prosa,
livre, sensual e pura, toda dengosa.
Talvez um pouco louca, por quê não?
Mas com firmeza para ler a tua mão.
Lua cheia, muita música com violino,uma linda fogueira.
Tudo tão divino e ao mesmo tempo parecia profano,
bailando ou declamando,
o cigano controlava tudo, dentro da tradição.
Trabalhando com cobre e fundição,
com leis próprias,
devotos de Sara,
Santa Negra que a todos ampara.
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Cigana
Sônia Maia
Livre como a ventania,
Ando descalça a entoar
O meu canto de liberdade.
Um canto sem covardia!
A dança é minha paixão.
Única, na verdade!
Que me permite a moradia
Moro cá ou moro lá!
É livre o meu coração
Habito qualquer estrada
Livre como uma canção
Danço ao redor da fogueira
Liberta sem restrição!
Com casamento imposto
O que torna meu coração
Ser livre, liberto como o ar!
Vivo solta como a maresia
Saio, leve sem ter rumo
E a liberdade me ensina
O que é realmente amar!
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