domingo, 28 de dezembro de 2008

Os Ciganos tem Deus no coração

Vamos voltar há dois mil anos... ou mais, muito mais...
Se quiserem podemos retroagir 5000 anos e chegaremos aos ciganos que ajudaram a construir as pirâmides do Egito.
Porém, fiquemos nos tempos do Cristo.
Estava Jesus em pleno ministério sempre acompanhado por Maria Madalena,aquela que seria a discípula bem-amada.
É daquela época que extraímos a mais
bela lenda do povo cigano.
Mas, antes falaremos de religiosidade dos ciganos, de maneira geral, que é incontestável.
Os ciganos crêem em Deus(Devel) e na entidade do mal (Beng).
Fazem grandes peregrinações em 24/25 de maio a Saintes-maries-de-la-mer (França), em honra a santa Sara.
No Brasil,além de Santa Sara, são devotos de N. Sra. Aparecida, s
São Jorge e outros santos, isto, se forem católicos.
Ressaltamos que os ciganos adotam a religião do país que os acolhe.
No Brasil temos ciganos católicos,evangélicos, testemunhas de Jeová, protestantes, espíritas, adventistas,umbandistas e outras religiões/seitas.
No mundo, encontramos ciganos na religião católica ortodoxa, muçulmanos, budistas, hindus etc.
E são sinceros na crença que adotam.
Os ciganos, não só são muito religiosos, como também são a fonte de inspiração para os poetas, e eles têm Deus no coração e só eles podem expressar tanta religiosidade.
mensagem enviada por ๑۩๑Simone๑۩๑ ๑۩๑Espaço Nas'hara ๑۩๑.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Bandoleiro

Bandoleiro
Ney Matogrosso
Fossem ciganos a levantar poeira
A misturar nas patas
Terras de outras terras, ares de outras matas
Eu, bandoleiro, no meu cavalo alado
Na mão direita o fado
Jogando sementes nos campos da mente
E se falasses magia, sonho e fantasia
E se falasses encanto, quebranto e condão
Não te enganarias, não te enganarias
Não te enganarias, não!
Fossem ciganos a levantar poeira
A misturar nas patas
Terras de outras terras, ares de outras matas
Eu, bandoleiro, no meu cavalo alado
Na mão direita o fado
Jogando sementes nos campos da mente
E se falasses magia, sonho e fantasia
E se falasses encanto, quebranto e condão
Feitiço, transe-viagem, alucinação

domingo, 19 de outubro de 2008

OLHOS CIGANOS


Os olhos ciganos
São pérolas negras reluzentes
Carregados de mistério e desconfiança.
Olhos vívidos e expressivos
Cujo fitar revelaUma peculiar diferença
Dos olhos dos outros Homens.
Cigano não olha simplesmente
Move as pestanas e mira...
Mirada que descortina
Os mais secretos pensamentos.
Nos olhos ciganos
Há um mistério incontestável
Na estranha expressão de fitar
Que traspassa o âmago do ser
Sabedoria milenar
De um povo profético.
Os olhos ciganos
São a marca inimitável
De um povo livre e honrado
Que nunca declarou guerra
Para ocupar terra alguma.
No mundo e com o mundo
Os ciganos vão girando...
Recusando “o jugo da mediocridade”
Levando no enigmático olhar
O silêncio do “Saber”
Gitano Inconfundível, intransferível...
Eterno.
Ártemis

domingo, 12 de outubro de 2008

Minha alma Cigana


Minha alma cigana exulta de alegria
Viaja por todo o mundo com a velocidade do meu pensamento
Vê os mares,vê as matas,as flores,os amores...
Minha alma cigana não tem limites
Tudo que é belo me encanta e conquista
E faz com que eu não desista e insista na vida
Minha alma cigana me enche de vivacidade
Me faz encantar por todas as partes,cidades,lugares
Com a beleza da natureza me visto de vida,de ar,de amor...
Transmito paz ,medito pra melhorar cada vez mais,
Para avançar,para me libertar,
Para me aproximar cada vez mais,
A cada passo,
A cada dia,S
empre mais,
de Deus.

Mensagem Cigana

Nós Ciganos só temos uma religião:
a liberdade.
Em troca dela renunciamos à riqueza, ao poder, à ciência e à sua glória.
Vivemos cada dia como se fosse o último
.Quando se morre, se deixa tudo: um miserável carroção ou um grande império.
E nós cremos que naquele momento é muito melhor termos sido Ciganos do quereis.
Não pensamos na morte.
Não a tememos, eis tudo.
O nosso segredo está em gozar a cada dia as pequenas coisas que a vida nos oferece e que os outros homens não sabem apreciar:
uma manhã de sol, um banho na nascente,o olhar de alguém que nos ama.
É difícil entender estas coisas, eu sei.
Ciganos se nasce.
Gostamos de caminhar sob as estrelas.
Contam-se coisas estranhas sobre os Ciganos.
Dizem que lêem o futuro nas estrelas e que possuem o filtro do amor.
As pessoas não crêem nas coisas que não sabem explicar.
Nós, ao contrário, não procuramos explicar as coisas nas quais cremos.
A nossa é uma vida simples, primitiva.
Basta-nos ter o céu por telhado,um fogo para nos aquecere as nossas canções,
quando estamos tristes.

Mensagem Cigana

Esta poesia foi escrita (em 1999) por um cigano, no idioma dos SintosPiemonteses, com os votos de que eles não se esqueçam da língua de seus pais.
Talvez seja necessário começar a entender que se pode aprender (ou reaprender) uma língua para servir a ela, para fazer com que ela não morra,mas continue a existir como uma parte importante da identidade de um povo...Cib maríKamáva tucib marí.
Tu sal bravalí ta cororísar jamén.
Kántu sam bibaxtaléménge tu déssa le láu par te rovás,
kántu sam kontánménge tu déssa le láu par te sas,
kántu si-amén bróxa te garavássa mentu,
cib marí, déssa ménge ne vast.
But pirdál méncapren sa le dromá do vélto,sálas i jag da maré giljá
,ma kanáandrén kalá džungalé plásekaj cidéna men le gadžétu meréssa ne píslaóni divés,sar jamén.
Se našavássa tunínge jamén sam našadé.
Šunén cavalé,šun ternibén,maré puré Síntimukjén-le méngekajá šukár, gulícib.
Na bistarás la,sikavás la kaj maré cavé,indžarás la sémpar méncasar okórkoro braválimoke si-amén.
Nossa língua
Amo você,nossa língua.
Você é rica e pobre como nós.
Quando estamos tristesvocê nos dá as palavras para chorar,quando estamos contentes você nos dá as palavras para nos alegrar quando temos que nos esconder você, nossa língua,nos ajuda. Você viajou junto a nós ao longo das estradas do mundo,era o fogodas nossas canções,e agora nestes terrenos insalubres que os gagês nos reservam você morre um pouco a cada dia,como nós.
Se te perdermos nós também estaremos perdidos.
Escutem, rapazes,escute, juventude,os nossos velhos Sintosnos deixaram esta bela e doce língua. Não a esqueçamos,ensinemos aos nossos filhos,conservemos sempre conosco como o único tesouro que nos pertence.

A Poesia dos Ciganos

A poesia dos Ciganos
A literatura cigana "escrita" é formada em primeiro lugar pela transposição por escrito da tradição oral.
Em seu interior se acha uma ampla produção poética, expressão de sentimentos que nascem das experiências da vida cotidiana ou do desejo de uma redescoberta dos valores tradicionais fundamentais.
O processo de emancipação no plano social e político iniciado nas últimas décadas colocou as bases para a formação de uma elite intelectual cigana.
A redescoberta de valores importantes, entre os quais o uso da língua materna, tem, entre outras coisas, induzido alguns Rom e Sintos, entre os mais sensíveis, a um salto de qualidade na tradicional narrativa cigana, favorecendo uma passagem da forma oral à forma escrita.
Um exemplo da sensibilidade que transborda do ânimo dos Rom e dos Sintos nos é dada por esta poesia, composta por Usin Kerin.
Cigano búlgaro nascido em 1929, durante uma parada da caravana às margens do rio Vit.
A poesia a seguir faz parte de uma série de composições autobiográficas.
Nesta ele narra o momento de seu nascimento, que coincide com a morte de sua mãe... Nascimento no acampamento
Nascí entre as velhas tendas,em meio ao falar dos Ciganos que narram à luz da lua a fábula de uma branca cidade distante.
Nascí na miséria, entre os campos ao longo do Beli Vit, sob plangentes salgueiros,onde a angústia aperta os corações e a fome pesa no saco de farinha.
Nascí num dia triste de outono ao longo da estrada envolta em neblina,onde a necessidade chora junto aos pequeninos e a dor destila quente entre os cílios.
Nascí, e minha mãe morria.
O velho pai me lavou no rio:
por isso é forte hoje o meu corpo e o sangue me escorre dentro impetuoso.

A Poetisa Cigana Papusza

“...A água não olha pra trás.
Foge, corre mais longe,
Onde olhos não a verão,
A água que vaga.
"PapuszaPapusza,
nome cigano de Bronislawa Wajs, que significa “Boneca”.
Papusza era uma cigana polonesa nômade, nascida no início do século XX, que integrava uma caravana (Kumpania) de harpistas.
Ela, transgredindo as regras, aprendeu a ler e escrever escondida e, em 1949, teve seus poemas descobertos e traduzidos pelo poeta Jerzy Ficowski. Papusza escrevia e cantava sobre suas vivências.
Ela deu um testemunho imperioso sobre o porraimos (a devoração), extermínio dos ciganos nos campos de concentração nazistas, e sobre a vida escondida nas florestas durante a guerra na longa balada intitulada
“Lágrimas de Sangue: tudo o que passamos sob o domínio alemão em Volhynia nos anos 43 e 44”.
Como em todas as canções ciganas, a nostalgia era um tema recorrente nos poemas de Papusza: “Ninguém me compreende,/Só a floresta e o rio./Aquilo de que falo/Passou, foi embora,/E levando junto todo o resto.../E os anos de juventude.
”Ficowski apoiava o assentamento dos ciganos e utilizou os poemas de Papusza como propaganda.
Papusza foi acusada, pelos ciganos, de ter colaborado com um gadjo e foi julgada por Baro Shero, a mais alta autoridade dos roma.
Foi declarada mahrime (impura) e foi condenada a exclusão do grupo.
Depois de alguns meses internada num hospital psiquiátrico, ela viveu trinta e quatro anos, até a sua morte em 1987, sozinha e isolada.
Ao contrário do estereótipo romântico do espírito livre, a lei cigana é severa e proíbe a emancipação dos indivíduos em favor da preservação do grupo.
Papusza foi condenada à morte em vida sem direito a perdão.

Mensagem Cigana


A pátria do cigano é a sua língua (romaní) e seu continente a extensão da memória dos ancestrais.
A história dos ciganos é repassada pela oralidade.
A arte de contar histórias e fabular é valorizada e, muitas vezes, a narrativaa ssume uma versão fictícia.
A origem dos ciganos, provavelmente a Índia, não é um elemento de preocupação para os ciganos, para eles o ir e vir é a possibilidade do encontro e não importa de onde ou para onde.
O romaní é uma língua falada.
Não há dicionários ou certezas quanto àgrafia.
A música também é transmitida pelo ouvido, pois, não há a prática denotação, e influenciou compositores consagrados como Brahms e Litsz.

A Musica e a Dança na Cultura Cigana

Na música, os ciganos extravasam toda sua alegria, todo seu sentimento.
Na dança, comungam com a natureza.
Ciganas, para facilitar a interação Terra/Céu, dançam descalços.
Há uma variedade de danças: do lenço, do punhal, da fogueira etc.
O que se pode verificar, porém, é que a cigana, embora tenha movimentos aparentemente sensuais,ela é pudica, e jamais veremos além de seus tornozelos nos seus rodopios e meneios.
Para evitar acidentes durante o bailado e coreografias,as ciganas usam sobre-saias até em número de sete.
Daí, ciganas estereotipadas como as das novelas e filmes nada têm a ver com a realidade.
Na dança, o cigano procura desenvolver uma relação telúrica,conectar-se com a natureza e deixar fluir para a superfície física do ser,todos os sentimentos mais íntimos.
Assim, nota-se perfeitamente o sinal de êxtase de uma cigana ao rodopiar e fazer seus movimentos gentis, ao sacudir seu pandeiroou ao som do atrito das castanholas.
Para o cigano, dançar é celebrar a vida, a existência e se ligar a Deus.

Curiosidades sobre alguns Ciganos

Cientista Shack August Steenberg Krogh Dinamarquês Cigano(Rom) Ganhador doPrémio Nobel da Medicina em 1920.
Resumo
A Medicina é composta por inúmeros nomes que ajudaram a desenvolver umemaranhado de conhecimentos que hoje são muito difundidos.
Shack AugustSteenberg Krogh é certamente parte dessa evolução pela qual a Medicina passou nas ultimas décadas.
Médico e Fisiologista dinamarquês Cigano, ao concluir o curso de Medicina, interessou-se pelo estudo da respiração e dos movimentos sangüíneos.
Em 1920, após anos de pesquisa, descobriu o mecanismo que regula o movimento dos capilares sangüíneos e suas trocas gasosas,proporcionando respostas a grandes dúvidas existentes na época, e que lhe rendeu o Prêmio Nobel de Medicina daquele ano.
Krogh fez toda a sua formaçãoe trabalhos na Dinamarca, onde faleceu em 1949, respeitado e admirado como grande fisiologista e pesquisador, e deixando inúmeros outros trabalhos que colaboraram para o crescimento e desenvolvimento da prática médica no séculoXX.
pesq/Internet

Rons e Sintos de 1940, são homenageados por Gunter Demnig


Em 1993, Demnig teve a idéia de homenagear as mil pessoas das etnias dos sintos e rons que haviam sido deportadas a partir de Colônia em apenas um dia.
Com o tempo, o artista fixou placas em metal com a inscrição "1940: 1000 Rons e Sintos”, em vários pontos, marcando o caminho das casas das vítimas até o bairro de Deutz, em Colônia.
Uma senhora que passou por ele uma vez disse-lhe que naquela parte da cidade nunca haviam vivido sintos ou rons. Aí ficou claro para Demnig: tanto as pessoas dessas etnias como judeus, vítimas da perseguição nazista, haviam se integrado de tal forma na sociedade local que a vizinhança não se apercebera das suas origens.
Até Hitler subir ao poder na Alemanha, em 1933, a etnia de uns e as crenças de outros não haviam importado.
E aí ficou claro para Demnig: Auschwitz e os outros campos de concentração eram o destino das vítimas.
Mas o início desse fim estava ali, aos olhos de todos, às suas portas, nas suas casas.
“É no caminho diário de quem por aqui passa que se deve trazer à memória a tragédia que se viveu entre 1933 e 1945.
” Porque as calçadas das ruas ninguém pode contornar.
E lá estão elas, em tantas ruas, à frente de casas, ou lá onde antes havia casas, as pedrinhas de cor dourada, incorporadas no solo, marcam “aqui morou” alguém.
Curvar-se diante das vítimas
Já que, para ver a pedra e ler o que lá está escrito,
“é preciso curvar-se perante cada nome”. Gunter Demnig:
"As pedras são colocadas diante dos últimos locais onde as vítimas do Holocausto residiram por vontade própria".
Quem passa por elas não tropeça literalmente, como o nome faz pensar, mas se depara "com a memória e o coração", diz o artista plástico Gunter Demnig, o iniciador das pedras de tropeço, as Stolpersteine.
pesq:internet

Romaní: língua esquecida na Europa

Em toda a Europa, vivem aproximadamente 12 milhões de pessoas da etnia rom,200 mil deles na Alemanha.
Mesmo assim, pouco se sabe no continente sobreeles, quanto menos sobre seu idioma.
Há poucos povos ou etnias no mundo ocidental que são, via de regra, vistos apartir de tantos preconceitos e clichês com os ciganos: a discrepância entreinformações reais e um suposto saber sobre a etnia rom, por exemplo, é incalculável.
A discussão começa já na nomenclatura: eles têm que serdenominados rom ou podem ser simplesmente chamados de ciganos?
E, nestecontexto, quem são os sintos?
Tudo fica ainda mais complicado quando o assunto é o idioma falado por eles:o romaní, que, apesar do nome, não pertence ao grupo das línguas romanas,como o português, francês, italiano, espanhol e romeno.
O romaní é um idiomamuito antigo, que genealogicamente pertence à família indo-germânica, dizKurt Holl, da ROM, uma associação sediada em Colônia, que auxilia refugiadosrom a conseguir permissões de permanência e trabalho na Alemanha, além deservir, ao mesmo tempo, de centro cultural e de documentação sobre a etnia.
"O romaní deriva, na verdade, do sânscrito.
Somente a partir da língua é quese chegou à constatação, hoje já legitimada cientificamente, de que os romnão são uma minoria européia, mas vêm da Índia e, em função de longas caminhadas e expulsões, acabaram chegando na Europa", diz Holl.
pesq:Internet

Romaní Palavras: grãos que se perdem

Estar sempre mudando de um país a outro,tem sido o destino dos rom durante séculos.
Nos locais aonde chegavam,o processo de adaptação acabava exigindo também mudanças idiomáticas, conta Jovan Nikolic escritor rom.
Na fuga das tribos rom da Índia,muitos vocábulos foram perdidos.
E não tinha ninguém para ajuntá-los.
De todos os países onde viveram,assimilaram algo da língua local,de forma que foram sendo criados diversos dialetos,em torno de mais de cem.
Assim,este povo visto por todos os lados como hóspede,nunca conseguiram desenvolver uma versão padronizada da própria língua,nem nunca teveram uma instituição capaz de organizar uma gramática comum.
No entanto,como algumas características básicas do romani,apesar da diáspora e de toda espécie de adaptação,se mantiveram intactas,é possível haver uma compreensão entre representantes dos mais distintos dialetos,afirma o ator e jornalista rom,Nedjo Osman.
Tive a oportunidade de viajar muito como ator,estive na Europa,EUA e no México,encontrei rom em todos os lugares.
Falei romani com eles e pude ser compreendido.
Há muitos dialetos,mas, em princípio,é possível se fazer compreender sem maiores problemas.
Hoje,os rom não são mais um povo que muda freqüentemente, nem que vai de um lugar para o outro como se estivesse em fuga.
Muitos já se tornaram,há tempos,sedentários e o número daqueles que estudam regularmente e finalizam a vida escolar com boas notas é cada vez maior.
A consciência da importância da cultura deste povo vem aumentando na Europa de hoje.
Em Paris e Bucareste,há cadeiras de Romani nas universidades e uma equipe de lingüistas se ocupa,de estabelecer uma gramática comum e um extenso dicionário do idioma.
Quem hoje,como Nedjo Osman,escreve em romani,reformula também o mundo dos rom,escrevo poemas em romani há 20 anos,quando procuro determinada palavra num dialeto e não a encontro,parto para o próximo.
O que importa é que as palavras sejam parte do repertório da linguagem dos rom.
Isso é o que mais importa,até termos uma gramática e dicionário padronizados,conclui Osman.
pesq: Internet

"Rei dos Ciganos" Lenda ou Fatos......


Em 1883 Gregory Kwiek declarou-se “Rei dos ciganos”na Polônia.Em 1886,abdicou em favor do filho, que em 1928,tornou-se Miguel II,que foi coroado em Varsóvia,em 1930.
Porém,o irmão Basil disputou-lhe o trono e um terceiro irmão,Matthew, voltou de Espanha para arbitrar a questão,escolhendo Basil e indicando Rudolf chanceler.
Os irmãos Basil e Rudolf conspiraram para expulsar Miguel.
Em 1934,Miguel,após participar do Congresso Cigano na Romênia,voltou e foi confirmado rei em Lodz,mas temendo vingança,fugiu para Tchecoslováquia,não mais se ouviu falar dele novamente. Matthew foi assassinado em 1935 e Basil reinou,sem contestação,até que Rudolf transferiu seu apoio para outro irmão Janusz que,em julho de 1937foi coroado Janusz I“rei dos ciganos”em grande estilo no estádio de Varsóvia,sob os olhos de 15mil ciganos.Rudolf tinha,neste ínterim,renunciado o direito ao trono,tendo retribuição um posto de influência no gabinete.
Os parentes foram agraciados com cargos.
Ele se proclamou rei dos ciganos da Hungria,Espanha, Alemanha, Bulgária, Iugoslávia e Polônia.
Planejava ir a Genebra pleitear um país para seu povo.
Não conseguiu quorum entre seus membros para tal empreitada.
Então,Kwiek demitiu o gabinete e o senado,e banqueteou com amigos, que lhe confirmaram o status “real”.
Lendas ou Fatos.
Esses chefes(kapo ou Baro,ou voivoda na Europa central)são únicas autoridades políticas.
Embora a referências a reis ciganos,não existe nem nunca existiu organização geral ou internacional.
Os grupos são autônomos.
Os voivodas,condes ou reis cujos túmulos marcaram o caminho da grande migração medieval,eram apenas chefes de grupo como os Baro.
Eles governam assistidos pelo conselho,em cujas decisões comuns a mulher velha(phuri daj)tem grande influência,sendo consultada antes e depois de qualquer decisão importante.
Existe um livro muito bom,escrito por J.B.D’Oliveira China,"Os ciganos do Brasil".
pesq:Imternet

sábado, 21 de junho de 2008

CIGANOS NA UMBANDA DIVINA


"Eu vi um formoso Cigano
Sentado na beira do Rio
Com seus cabelos negros
E os olhos cor de anil
Quando eu me aproximava o cigano me chamou
Com seus dados nas mãos
O cigano me falou
Seus caminhos estão abertos
Na saúde, na paz e amor,
Foi se despedindo e me abençoou
Eu não sou daqui, mas vou levar saudades,
Eu sou o Cigano Pablo, lá das Três Trindades.
"Esta linha de trabalhos espirituais já é muito antiga dentro da Umbanda,
e "carregam as falanges ciganas juntamente com as falanges orientais uma importância muito elevada, sendo cultuadas por todo um seguimento espírita e que se explica por suas próprias razões, elegendo a prioridade de trabalho dentro da ordem natural das coisas em suas próprias tendências e especialidades.
Assim, numerosas correntes ciganas estão a serviço do mundo imaterial e carregam como seus sustentadores e dirigentes aqueles espíritos mais evoluídos e antigos dentro da ordem de aprendizado, confundindo-se muitas vezes pela repetição dos nomes comuns apresentados para melhor reconhecimento, preservando os costumes como forma de trabalho e respeito, facilitando a possibilidade de ampliar suas correntes com seus companheiros desencarnados e que buscam no universo astral seu paradeiro, como ocorre com todas as outras correntes do espaço.
O povo cigano designado ao encarne na Terra, através dos tempos e de todo o trabalho desenvolvido até então, conseguiu conquistar um lugar de razoável importância dentro deste contexto espiritual, tendo muitos deles alçado a graça de seguirem para outros espaços de maior evolução espiritual, juntamente com outros grupos de espíritos, também de longa data de reencarnações repetidas na Terra e de grande contribuição, caridade e aprendizado no plano imaterial.
A argumentação de que espíritos ciganos não deveriam falar por não ciganos ou por médiuns não ciganos e que se assim o fizessem deveriam faze-lo no idioma próprio de seu povo, é totalmente descabida e está em desarranjo total com os ensinamentos da espiritualidade sua doutrina evangélica, até as impossíveis limitações que se pretende implantar com essa afirmação na evolução do espírito humano e na lei de causa e efeito, pretendendo alterar a obra divina do Criador e da justiça divina como se possível fosse, pretendendo questionar os desígnios da criação e carregar para o universo espiritual nossas diminutas limitações e desinformação, fato que nos levaria a inviabilização doutrinária.
Bem como a eleger nossa estada na Terra como mera passagem e de grande prepotência discriminatória, destituindo lamentavelmente de legitimidade as obras divinas.
Outrossim, mantêm-se as falanges ciganas, tanto quanto todas as outras, organizadas dentro dos quadros ocidentais e dos mistérios que não nos é possível relatar.
Obras existem, que dão conta de suas atuações dentro de seu plano de trabalho, chegando mesmo a divulgar passagens de suas encarnações terrenas.
Agem no plano da saúde, do amor e do conhecimento, suportam princípios magísticos e tem um tratamento todo especial e diferenciado de outras correntes e falanges.
Ao contrário do que se pensa os espíritos ciganos reinam em suas correntes preferencialmente dentro do plano da luz e positivo, não trabalhando a serviço do mau e trazendo uma contribuição inesgotável aos homens e aos seus pares, claro que dentro do critério de merecimento, tanto quanto qualquer outro espírito teremos aqueles que não agem dentro desse contexto e se encontram espalhados pela escuridão e a seus serviços, por não serem diferentes de nenhum outro espírito humano.
Trabalham preferencialmente na vibração da direita e aqueles que trabalham na vibração da esquerda, não são os mesmo espíritos de ex ciganos, que mantêm-se na direita, como não poderia deixar de ser, e, ostentam a condição de Guardiões e Guardiãs.
O que existe são os Exus Ciganos e as Moças Ciganas, que são verdadeiros Guardiões à serviço da luz nas trevas, como todo Guardião e Guardiã dentro de seus reinos de atuação, cada um com seu próprio nome de identificação dentro do nome de força coletivo, trabalhando na atuação do plano negativo à serviço da justiça divina, com suas falanges e trabalhadores, levando seus nomes de mistérios coletivos e individuais de identificação, assunto este que levaria uma obra inteira para se abordar e não se esgotaria.
Contudo, encontramos no plano positivo falanges diversas chefiadas por ciganos diversos em planos de atuação diversos, porém, o tratamento religioso não se difere muito e se mantêm dentro de algumas características gerais.
Imenso é o número de espíritos ciganos que alcançaram lugar de destaque no plano espiritual e são responsáveis pela regência e atuação em mistérios do plano de luz e seus serviços, carregando a mística de seu povo como característica e identificação.
Dentro os mais conhecidos, podemos citar os ciganos Pablo, Wlademir, Ramirez, Juan, Pedrovick, Artemio, Hiago, Igor, Vitor e tantos outros, da mesma forma as ciganas, como Esmeralda, Carme, Salomé, Carmensita, Rosita, Madalena, Yasmin, Maria Dolores, Zaira, Sunakana, Sulamita, Wlavira, Iiarin, Sarita e muitas outras também.
É imprescindível que se afirme que na ordem elencada dos nomes não existe hierarquia, apenas lembrança e critério de notoriedade, sem contudo, contrariar a notoriedade de todos os outros ciganos e ciganas, que são muitos e com o mesmo valor e importância.
Por sua própria razão diferenciada, também diferenciado como dissemos é a forma de cultuá-los, sem pretender em tempo algum estabelecer regras ou esgotar o assunto, o que jamais foi nossa pretensão, mesmo porque não possuímos conhecimento de para tanto.
A razão é que a respeito sofremos de uma carência muito grande de informação sobre o assunto e a intenção é dividir o que conseguimos aprender a respeito deste seguimento e tratamento. Somos sabedores que muitas outras forças também existem e o que passamos neste trabalho são maneiras simples a respeito, sem entrar em fundamentos mais aprofundados, o que é bom deixar induvidosamente claro.
É importante que se esclareça, que a vinculação vibratória é de axé dos espíritos ciganos, tem relação estreita com as cores estilizadas no culto e também com os incensos, pratica muito utilizada entre ciganos.
Os ciganos usam muitas cores em seus trabalhos, mas cada cigano tem sua cor de vibração no plano espiritual e uma outra cor de identificação é utilizada para velas em seu louvor.
Uma das cores, a de vinculação raramente se torna conhecida, mas a de trabalho deve sempre ser conhecida para prática votiva das velas, roupas, etc.
Os incensos são sempre utilizados em seus trabalhos e de acordo com o que se pretende fazer ou alcançar.
Para o cigano de trabalho se possível deve-se manter um altar separado do altar geral, o que não quer dizer que não se possa cultua-lo no altar normal.
Devendo esse altar manter sua imagem, o incenso apropriado, uma taça com água e outra com vinho, mantendo a pedra da cor de preferencia do cigano em um suporte de alumínio, fazendo oferendas periódicas para ciganos, mantendo-o iluminado sempre com vela branca e outra da cor referenciada.
Da mesma forma quando se tratar de ciganas, apenas alterando a bebida para licor doce.
E sempre que possível derramar algumas gotas de azeite doce na pedra, deixando por três dias e depois limpá-la.
Os espíritos ciganos gostam muito de festas e todas elas devem acontecer com bastante fruta, todas que não levem espinhos de qualquer espécie, podendo se encher jarras de vinho tinto com um pouco de mel.
Podendo ainda fatiar pães do tipo broa, passando em um de seus lados molho de tomate com algumas pitadas de sal e leva-los ao forno, por alguns minutos, muitas flores silvestres, rosas, velas de todas as cores e se possível incenso de lótus.
As saias das ciganas são sempre muito coloridas e o baralho, o espelho, o punhal, os dados, os cristais, a dança e a música, moedas, medalhas, são sempre instrumentos magísticos de trabalho dos ciganos em geral.
Os ciganos trabalham com seus encantamentos e magias e os fazem por força de seus próprios mistérios, olhando por dentro das pessoas e dos seus olhos.
Uma das lendas ciganas, diz que existia um povo que vivia nas profundezas da terra, com a obrigação de estar na escuridão, sem conhecer a liberdade e a beleza.
Um dia alguém resolveu sair e ousou subir às alturas e descobriu o mundo da luz e suas belezas. Feliz, festejou, mas ao mesmo tempo ficou atormentado e preocupado em dar conta de sua lealdade para com seu povo, retornou à escuridão e contou o que aconteceu.
Foi então reprovado e orientado que lá era o lugar do seu povo e dele também.
Contudo, aquele fato gerou um inconformismo em todos eles e acreditando merecerem a luz e viver bem, foram aos pés de Deus e pediram a subida ao mundo dos livres, da beleza e da natureza.
Deus então, preocupado em atende-los, concedeu e concordou com o pedido, determinando então, que poderiam subir à luz e viver com toda liberdade, mas não possuiriam terra e nem poder e em troca concedia-lhes o Dom da adivinhação, para que pudessem ver o futuro das pessoas e aconselha-las para o bem.
É muito comum usar-se em trabalhos ciganos moedas antigas, fitas de todas as cores, folha de sândalo, punhal, raiz de violeta, cristal, lenços coloridos, folha de tabaco, tacho de cobre, de alumínio, cestas de vime, pedras coloridas, areia de rio, vinho, perfumes e escolher datas certas em dias especiais sob a regência das diversas fases da Lua...
" Trecho extraído do livro "Rituais e Mistérios do Povo Cigano",
Autor: Nelson Pires

sábado, 31 de maio de 2008

HISTÓRIA DE UM CIGANO

Saudação de luz a você Amado (a), posso falar a você só o que conheço.
Em relação à Linha Cigana, é importante ressaltar que não se confundam os Ciganos de Umbanda com os que agregaram a este Povo por circunstâncias da vida.
Sou um Cigano no circunstancial, ou seja, minha mãe teve um relacionamento com um Cigano, e era casada com um importante comerciante de tecidos da cidade de Campos dos Goytacazes – RJ, de tudo ela fez para que eu fosse abortado, não conseguindo, me entregou a cozinheira da casa, para que esta desse rumo a minha vida.
A cozinheira por não ter condições para me criar fez uma troca com uma Cigana que estava acampada na Cidade na época, Dona Abigail Amir, que deu em troca, dois anéis de ouro, uma pulseira de ouro branco e dois Brasões da Época do Império, vivi com Dona Abigail até os nove anos de idade.
Até que decidi sair pelo mundo…De quase tudo conheci, por várias localidades do Estado do Rio de Janeiro e do Estado de São Paulo, andei.
Sobrevivi da vida diária: capinei, varri, por ter aprendido a ler, escrevi cartas, fui pescador, contador de histórias… enfim um nômade, um ser errante…
Hoje na Umbanda só falo do que sei, e do que conheço, deixando para os que querem estudar e saber as origens e fundamentos do Povo Cigano, a condição de se responsabilizar pelo que dizem.
Eu sou o Cigano da Umbanda, na Umbanda e pela Umbanda e só sei fazer Umbanda.
As Ciganas e os Ciganos com quem eu convivo são como eu: amantes da vida, da natureza e de tudo que é manifestado por ela.
Por exemplo: Beatriz, a Cigana Negra dos Olhos Azuis, que lutou pela dignidade de seu Clã, 43 escravos, que eram tratados de forma sub humana…Lisandra a virgem de 23 anos, que salvou seus pais da miséria, fazendo espetáculos de danças, sem nunca se deixar corromper pelo sexo…Raiana, Cigana que acreditou no amor, e pelo homem que amou foi abandonada, vendendo seus préstimos como serviçais domésticos criou quatro filhos, sendo três homens e 1 mulher, um deles tornou-se 1º Tenente na Guerra do Araguaia.
Hoje se manifesta na Umbanda…Conheço tantas outras e tantos outros Ciganos na Umbanda, Almir, sendo braço direito, que guerreio pela defesa dos Quilombos.Antenor intelectual que dedicou aos livros e as crônicas, que contribuiu para as mudanças Políticas e Sociais deste País.Bartolomeu filho de uma negra com um branco,…Eu sou assim… da vida, pela vida e com a vida!!!PELO ESPIRITO PHILLERMON - TRANSCRITO PELO MÉDIUM ALEX DE OXÓSSI (2003)

Cigana Esmeralda

Cigana Esmeralda
Esta cigana é protetora da fartura de alimentos, é feiticeira de comida, das que fazem feitiços que são comidos, para vários tipos de objetivos.
Esmeralda é natural de Évora, em Portugal.
Viajou por toda a Europa, aprendendo pratos e aperfeiçoando suas magias.
As magias de Esmeralda são duradouras e quando chega geralmente tem banquete, que por vezes é ela mesma quem faz.
E exímia usuária de tachos (panelas de cobre) e facas, com as quais destrincha, corta e cozinha.
Para ela, são indispensáveis a colher de pau e a faca afiada com bainha, que carrega em sua bolsa para o caso de necessidade.
E festeira, risonha, matrona, mandona e não aceita não como resposta.
Grande doceira da magia cigana é perigosa e deve ser tratada com muito amor e cuidado.

Magia
Se quiser aprender uma magia de Esmeralda, faça um pote para que nada falte à sua casa.
Apanhe uma bomboniere pequena e coloque dentro dela um pouco de cada um destes grãos e sementes: ervilha, lentilha, arroz com casca/ amendoim, grão-de-bico e trigo em grão.
Coloque por cima três moedas atuais, com o valor virado para cima, e um quartzo citrino no meio delas.
Deixe energizando por três dias na luz do quarto crescente e peça à Lua e aos grãos que emprestem sua força mágica, para que nada falte ao seu lar.
Ponha em um móvel de sua casa num lugar alto, como se fosse um bibelô.
Assim, fazendo, esteja certo de que nunca faltarão alimentos no seu lar.
Pesq:internet

quarta-feira, 28 de maio de 2008

CRIANÇAS CIGANAS


O nascimento de uma criança para os ciganos tem um significado que transcende a simples perpetuação a espécie ou coisas comuns como a personificação do amor.
Para os ciganos, o nascimento de uma criança simboliza o renascimento da esperança em todos os sentidos, não apenas para o povo cigano, mas para o mundo tudo.
Uma criança está além da sua origem, isto é, de seu pai e de sua mãe, muito embora o conceito de família e de tribo seja muito forte entre os ciganos.
Uma criança é parte da renovação do mundo e, por isso, não pode ser limitada de forma alguma.
O amor é a lição número um dos pais ciganos a seus filhos.
O amor à raça, às tradições, aos irmãos, à tribo e ao país que os acolhe é sempre muito bem dimensionado e nenhum cigano vive seu dia-a-dia sem ter em mente o conceito maior de que não está só, mas que é parte de um povo orgulhoso, que desempenhou e desempenha um papel muito forte e significativo na História.
Assim, uma criança cigana é um universo em si mesma e, ao mesmo tempo, parte de uma galáxia ainda maior, concentrada em unir seus elementos mais dispersos num só sentido.
O mistério e a mística cigana se inicia quando nasce mais um cigano e, a partir daí, não existe mais limites para ela.
PARA QUANDO NASCE UMA CRIANÇA
Uma criança, para os ciganos, simboliza a perpetuação, a renovação e a multiplicidade, pois jamais uma deve ser como a outra e a soma de todas elas é que dará o verdadeiro sentido dessa palavra tão simples no seu contexto, mas tão importante no seu significado final.
Jamais uma criança cigana será tratada como se fosse mais uma, pois cada uma é diferente e em cada uma delas reside a esperança da chegada de um Rei que, para muitos, se concretizou com a chegada de Cristo.
Embora o assunto possa ser polêmico, não existe discussão a respeito, pois cada cigano sabe que a sua opinião jamais será a única e definitiva.
É cultural e aceito com naturalidade.
Assim, quando nasce uma criança, quem a visita leva um presente útil e um presente simbólico, este representado numa fita que, em função de sua cor, de sua largura e de seu comprimento, jamais será igual a uma outra.
Observação:
O conceito de presente útil reside no fato de que, ao recebê-lo, a criança pode começar a usá-lo imediatamente, sem a necessidade de maiores preocupações.
PARA UM FUTURO SEGURO
Segundo os ciganos, cada criança que nasce, tem o seu destino e isso não pode ser mudado mas, pelo contrário, incentivado, pois cada uma delas pode significar a solução que todos nós vimos procurando.
Assim, a cada nascimento, a palavra-chave é a esperança de um novo tempo e de uma mudança.
Mudança na qual os ciganos depositam toda a sua esperança.
O dia da semana de cada criança que nasce é muito importante e deve ser celebrado de modo especial.
Para isso, existe uma convenção para cada dia, coisa que deve ser seguida sem maiores preocupações, porque o que está em jogo é o futuro da criança e não de seus pais.
Para isso, conforme o dia do nascimento, é providenciado um talismã de ouro, posto em seu pescoço pela madrinha, com um colar no mesmo metal.
São os seguintes esses talismãs, conforme o dia do nascimento de cada criança:
Se for do sexo masculino:
01 - uma flor 02 - uma âncora 03 - uma seta 04 - um machado
05 - um morcego 06 - uma abelha 07- um sino 08 - uma ave
09 - uma borboleta 10 - um castelo 11 - um gato 12 - uma espiga de trigo
13 - uma romã 14 - uma cornucópia 15 - uma concha 16 - uma lua crescente
17 - uma lua minguante 18 - uma lua nova 19 - uma lua cheia 20 - uma cruz
21 - uma coroa 22 - um cão 23 - uma pomba 24 - um dragão
25 - uma águia 26 - um olho 27 - um leque 28 - uma pena
29 - uma flor 30 - um sapo 31 - um gafanhoto
Se for do sexo feminino:
01 - uma mão 02 - um martelo 03 - um coração 04 - uma ferradura
05 - uma chave 06 - uma folha 07 - um cogumelo 08 - uma fênix
09 - um abacaxi 10 - um arco-íris 11 - um escaravelho 12 - uma serpente
13 - uma concha 14 - uma aranha 15 - uma espada 16 - uma lança
17 - um punhal 18 - um raio 19 - uma tocha 20 - uma tartaruga
21 - um abutre 22 - uma jóia 23 - um círculo 24 - um quadrado
25 - uma onda 26 - um copo 27 - um vaso 28 - uma caixa
29 - um sol 30 - uma lua crescente 31 - um pé
PARA SER UM LÍDER
A liderança entre os ciganos se processa naturalmente.
Eleições e disputas pelo poder são coisas que valorizam sobremaneira, mas tudo isso ocorre sem orgulho próprio e sem vaidades, com a preocupação única de servir dentro das limitações de cada um.
A gestação de uma criança é uma promessa de salvação de toda a humanidade e, como o cigano considera seu país o mundo todo, é fácil entender o motivo da importância data ao assunto. Cada criança futura é um líder salvador futuro.
Essa esperança alimenta não apenas os ciganos, mas cada um de nós.
Por isso, cada mês de gestação entre os ciganos tem uma importância especial. O ventre da mulher é considerado sagrado e deve ser protegido de forma especial para que o fruto nele contido seja especial.
E isso deve ser feito das seguinte forma"
Primeiro mês: o ventre deve ser constantemente banhado com água ou substâncias naturais líquidas como a lama e o suco de diversas frutas como o coco e a cana-de-açúcar.
Segundo mês: este é o mês do fogo e além de manter o ventre exposto ao sol o máximo possível, à noite, antes de dormir, acender uma vela de cor diferente a cada dez dias.
Terceiro mês: o ar livre deve ser oferecido à criança em gestação e, para isso, a mãe deve se voltar na direção de cada um dos pontos cardeais, deixando que o vento que vem de lá deslize pelo seu ventre e envolva a criança que ela traz consigo.
Quarto mês: chegou o momento de pôr a criança em contato com a terra, já que a água tem sido seu elemento, mas será na terra em que ela concretizará sua missão. Uma das maneiras mais ternas é simplesmente se sentar e pôr terra no ventre, de forma que deslize na pele, ensinando a criança a o segredo da fertilidade.
Quinto mês: agora é preciso ensinar a lição da pedra ao seu filho ou a sua filha. Para isso, toda sorte de pedra, mineral, metal ou cristal que encontrar, encoste no seu ventre, um pouco abaixo do umbigo, deixando ali até que aqueça ligeiramente. É o bastante para que seu bebê aprenda a lição do mês.
Sexto mês: este é o mês especial da madeira, das plantas e dos vegetais em geral. Coloque contra seu ventre, um pouco à direita do umbigo, tudo que for vegetal, como flores, folhas, troncos, caules e raízes. Permita que a criança entre em contato com o mundo vegetal. Verá como existe uma semelhança muito grande entre uns criança e uma planta nesse momento. Sétimo mês: é chegada a hora de você começar a purificar o seu corpo para receber a nova criatura que poderá ser aquela que vai redimir definitivamente a todos nós. Para tanto, habitue-se a amornar água numa panela de ferro, acrescentando um punhado de sal grosso para cada três litros de água.
Oitavo mês: é o momento da luz. Durante todo o mês, mantenha ao seu lado, à noite, quando for dormir, uma vela branca acesa. Ela será o farol que vai guiar seu filho ou sua filha ao seu destino no mundo.
Nono mês: tente ficar o máximo possível em contato com metais como o ouro, a prata, o cobre, o bronze e a platina. Ao mesmo tempo, tenha pedras, jóias de todos os formatos e cores para friccionar levemente seu baixo ventre, ensinando sua criança a não se deslumbrar com o brilho que é a perdição do mundo.
Pesq: Internet

terça-feira, 27 de maio de 2008

Cigana Íris

Esta cigana faz sua magia com as maçãs vermelhas.
Quando joga suas patacas (radem ou moedas), precisa ter uma maçã cortada em quatro partes. É com esta maçã que ela confirma suas previsões.
A cigana Íris usa sempre um lenço vermelho: é com este lenço que forra a terra para jogar as suas patacas.
Íris adora a cor vermelha, diz que é a força ardente das paixões, do amor e do sangue que corre nas veias dos seres humanos para que eles sobrevivam no planeta Terra.
Esta cigana tem um certo mistério, de que infelizmente não podemos falar.
Quem tem essa cigana, precisa tomar muito cuidado, pois foi da maçã que veio o pecado original da humanidade.
Ela não gosta de mentiras e não admite que as pessoas finjam estar incorporando seu espirito; quando isso acontece, dias depois a pessoa começa a ter dores de cabeça, tonteira e outros problemas de saúde.
Cuidado a meiguice da Íris, pois ela é perigosa quando está irada.
Cigana da saia estampada, seu saquinho contém 17 moedas antigas amarelas, um rubí, que é seu cristal vermelho, e uma estrela de cinco pontas. No braço, traz 17 pulseiras douradas e, nas orelhas, argolas dourados. Seu cordão contém 17 moedas pequenas penduradas.
É a cigana do jogo das patacas(moedas): tira o lenço vermelho da cabeça e coloca-o como toalha para jogar as moedas.
Sua fruta predileta é a maçã e a champanghe é sua bebida referida; gosta de rosas vermelhas e fitas vermelhas penduradas no cabelo.
Seu pandeiro tem fitas e moedas penduradas.
Sua magia é feita com doce de maçã e maçã crua.
Suas oferendas são sempre colocadas em morro que tenha muito verde, no local mais alto; levam sempre maçã vermelha.
Sempre que uma pessoa levar maçã para ela, deve levar junto uma rosa vermelha; passe-a pelo corpo e jogue do alto do morro para baixo. pedindo que ela tire tudo de negativo de sua vida.
O banho de purificação que essa cigana ensina é feito com folha de maçã quinada, a maçã picadinha ou a casca de maçã.
Ela usa muito a simpatia da maçã para o casamento.
Fonte; Mistérios do Povo Cigano de Ana da Cigana Natasha e Edileuza da Cigana Nazira
E Como descobrir e cuidar dos ciganos dos seus caminhos

Nossa Senhora e a Cigana


Tradução literal e irretocável de Marciano da Fonseca Machado

A cigana:Deus seja contigo, querida senhora, te dê conforto, te dê ânimo!
Bem-vindo a ti bom velhinho, com tua criança, tão linda de ver!
Nossa Senhora:Irmã, neste lugar solitário, alegre estou de ver teu rosto!
Deus perdoa todo o teu pecado, E planta sua graça dentro de tua alma.
A cigana:
Pela sua aparência eu entendo que sois estrangeiros nesta terra, procurando abrigo para a noite, senhora, não gostaria de apear?
Nossa Senhora:
Ó, minha irmã! Essa doce palavra é a primeira que nós ouvimos!
Deus te recompensa lá do alto, por tua cortesia e amor!
A cigana:
Ó, apeie minha querida Senhora!
Algo em ti parece divino!
Deixa-me ¾ por um momento, pegar em meus braços teu menino iluminado!
Nossa Senhora:
Nós viemos de Nazaré até aqui, pelos caminhos, apressados e temerosos,
Cansados, perdidos em terra estranha, ainda não encontramos abrigo.
A cigana:
Embora eu seja uma pobre cigana, ainda assim, gostaria de ajudar, esta minha casa eu te ofereço, embora não seja um lugar para ti.
Nossa Senhora:
Deus seja louvado eternamente pelo conforto que envia!
Irmã, tu és realmente bondosa, e tuas palavras consolam meu coração.
A cigana:
Se não é como tu mereces, ainda assim espero que possa servir; como posso eu, tão pobre e mesquinha tratar com zelo uma rainha?
Aqui eu tenho um estábulo onde podes deixar o jumento:
Há palha, trarei algum feno; todos podem, seguros, descansar até o dia.
Pai, tu deves estar muito cansado; vejo que, apressado, vieste a pé; andaste por todo país, por longas trezentas milhas ou mais.
Encantadora é a criança, de ver, mais que um artista poderia pintar.
Nada em ti pode se comparar, mãe e filho, ambos tão belos.
Agora, tendo fugido de Belém; ainda vejo-te pálida de temor e ansiedade.
Senhora, não há nada a temer;
Herodes não pode alcançá-los aqui.
Senhora, me agradaria muito se pudesse ler tua sorte: desde os dias mais remotos minha raça advinha o futuro.
Contudo, com tudo que minha arte pode fazer,não posso dizer-te nada de novo; pois, em tua doce face brilha sabedoria bem maior que a minha...
Ah! toda esta alegria é grandiosa!
Meu pobre coração carrega o peso.
Coisas maravilhosas meus olhos contemplam...
Deus te escolheu desde a eternidade!
Deus te escolheu para enfrentar tua missão.
Sempre santa, imaculada, pura.
E na terra te concedeu, a graça de ser a Mãe de Deus.
Joaquim e Ana, sua esposa, foram teus pais nesta vida.
Tu, minha senhora, eu chamarei MARIA, o nome mais doce de todos!
Ao Templo eles te levaram, uma criança e te deixaram lá; onde tu, por mais de um dia, comeste, dormiste, leste e rezaste.
Até que encontraram para ti um noivo, José, santo, puro, e bom:
Que por milagre de Deus, flores brotaram em seu cajado.
Mas o nascimento desta criança ocorreu, pela graça do Espírito Santo;
tu és mãe... mas eu sei, que aqui embaixo não tem pai.
Tu sabes que Deus um dia poria em nossa argila mortal, sobre ti, na Terra e no Céu, somente tal graça foi dada.
Deus enviou a ti o seu anjo, Gabriel, que veio com a mensagem, tu estavas só em teu quarto, quando ele cumpriu a missão.
“Cheia de graça”, disse Gabriel,
“Rainha do Céu, hoje tu és! O Senhor estará sempre contigo, abençoada Maria, salve!”
Assim que seu discurso começou, tua alma ficou perturbada, Maria, lança fora teu receio, Deus é que me enviou até aqui.
Tu serás uma virgem mãe, por tua grande humildade, darás á luz a um filho que, libertará toda a terra.
Tu, em humilde adoração curvaste, para o anjo deste consentimento.
Eu sou uma serva do Senhor, aguardo sua vontade:que eu cumpra todas as suas palavras.
Quando se cumpriu o tempo destinado, Senhora, tu deixaste tua casa;tu e José, com muita tristeza, partiram para a cidade de Belém.
Lá não encontraste abrigo, casa, ou teto de nenhuma espécie:
Reparaste numa gruta...Senhora, amada, que fizeste lá?
Que lugar para passar a noite! Sem leito, ou fogo, ou luz.
No chão tu deste a luz; além disso era úmido e frio.
Nesse albergue tão incômodo, à meia-noite ele nasceu;essa doce criança, cujo nascimento maravilhoso, há longo tempo era aguardado na terra.
Tu o adoraste, enquanto tuas mãos o envolviam em faixas de linho.
Então o colocaste sobre o feno, entre o boi e o jumento, deitado.
Na manjedoura!... bela Senhora, não foi como eu declaro?
Em tal noite de alegria serena.
Nunca antes jamais vista na terra
Pois à meia-noite refulgiu tal luz, todos os homens se maravilharam ante tal visão
Cristo nasceu, e a guerra afasta e ele traz a paz a todos corações.
Os pastores se apressaram em adorar enquanto trazem humildes presentes e diziam a todos ao longo do caminho:
Cristo, o senhor, hoje nasceu.
Agora, Senhora de bom coração...tu és cheia de ternura...
Rogo-te, deixe-me admirar meu redentor, teu filho querido.
Nossa Senhora: Rogo a ti, caro esposo, dá-me aqui, de teus braços, meu querido menino; quando a cigana o puder ver, ela lerá também sua sorte.
Este é teu Deus, minha irmã, vê: coração e alma e vida para mim!
Olha sua doce face, com carinho; toda alegria do céu está ali.
Deus é seu pai e ele é semelhante a Deus em majestade.
Embora como homem e filho meu, por sua cortesia divina.
O redentor vindo do alto, veio à Terra por amor aos pecadores!
Para sofrer muito aqui, e nós junto com ele ficaremos aflitos.
A cigana:Oh!, que criança divina!
Senhora, todo meu coração arde de amor ao vê-lo:embora eu seja uma criatura pecadora!
Seu nome é Jesus, sorte tenebrosa têm os que não o amam.
A seus pés se curvam os pecadores, mais do que eu faço agora.
Feliz sorte hoje foi a minha de encontrá-lo em meu caminho!
Vai! Meu coração gritou no peito: saiam!
E não pude descansar.
Desde que Deus me destinou para ser leitora de sorte, senhor, não recuse meu pedido,põe tua mãozinha sobre a minha.
Nada eu invente ou faça, das palavras que me diz o coração
.Ó, prepare-se, mãe querida, para ouvir coisas tristes e trágicas!
Após alguns anos passados, Jesus dirá a São João¾ Nas águas do rio Jordão; por ti, quero agora ser batizado.
Após isto, por mais um dia, ele ficará no deserto.Jejuando, nesse lugar tenebroso.
Não provando nem pão, nem vinho.
Satanás o tentará persuadir, a transformar pedras em pão.
Mas, logo pelo poder de Deus, será confundido e posto a correr.
Cristo entrará pelo portão de Jerusalém, com pompas.
Ramos e palmas seus seguidores trazem hinos e salmos de louvor eles cantam.Mais tarde, Ele, o senhor de todos, chamará seus doze apóstolos,todos pelo amor e piedade, a participar de sua última ceia.
E, enquanto todos aguardam, reverentes,Ele consagrará o pão: isto, dirá o Senhor do Céu: é meu corpo, a vocês oferecido.
Por uma palavra de poder, o vinho se transformará em sangue divino.
Nunca a Terra viu tais maravilhas, como seu poderoso amor pode fazer!
Quando ao findar o sacramento (de seus atos terrenos, o último) o amor o obrigará a dar toda a sua vida, para que o homem viva.
Subindo em seu caminho para orar em um jardim,curvado pelo sofrimento, e todos afastado, com imensa angústia em seu peito. Nessa noite de agonia, Judas trairá o seu senhor; por apenas trinta moedas de prata pelo seu pecado grave.
Então os judeus o cercarão; eles, que tristeza, o levarão amarrado.
Aos tribunais, mais de um, como se ele tivesse feito algum mal! Por um Pilatos relutante, Eleserá sentenciado, afinal, para agradar aos judeus, que gritam,que carregue sua cruz e morra!
Essa criança doce, todas as orações em vão, deve morrer diante dos teus olhos,numa cruz tu o verás...
Ó querida criança, por que deve ser assim?
Até que passe esse dia de tormento, morto branco e parado enfim,em teus braços, com lágrimas e dor, eles irão depor teu filho de novo.
Com que lágrimas e soluços amargos tu o ocultarás a teus olhos,num túmulo que alguém emprestará... e com isto, findarão teus sofrimentos.
Ouça mãe, cheia de dor, ora para o alívio de nossas almas! Deus foi teu Pai, e tu de seu filho, és agora Mãe.
Tu és a esposa do Espírito Santo, glorificada sobre todas as criaturas e tu foste feita tão gloriosa, para nosso consolo e nosso auxílio.
É bastante, tu estás cansada,Senhora, mas antes que partamos sobre esta pobre cigana, peço dá uma esmola, se eu puder pedir-te.
Prata não pedirei, nem ouro; embora toda riqueza tua mão retém Estrela de Luz pois em teu peito Cristo, o onipotente, repousa.
Concede-me por tuas preces, ganhar o arrependimento para o meu pecado,que minha alma possa em breve ou mais tarde penetrar naquele portão celestial.
Asséde Paiva

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A realidade dos CIGANOS......


Num tempo, muito distante, em terras maislonge ainda,
falando uma outra língua, de
origem ainda mais remota, filhos do vento,
mas que conheciam as leis de voar que nem gaivotas.
Liberdade vesti-se a cigana, pra cantar o sol...
Esta é a realidade do cigano:
Zelar por trapos e farrapos;
Levar consigo sua cultura
Para manter sua hegemonia
Perpetuá-la de geração em geração.
Escute-me... escute-me gadjô...
Crêem vocês que sejamos tão diferentes?
Que não tenhamos o mesmo coração
E as mesmas lágrimas diante da felicidade?
Quero cantar, para que entendam
Que não se julga um cigano, gadjô
Apenas pela lenda que corre...Acreditem!
Um cigano carrega no peito
A dor, amor e a esperança
Que todos os homens de todas as raças trazem!

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008


"De origem incerta, cercado de mistério e preconceitos e impiedosamente perseguido ao longo dos séculos, o povo cigano faz do planeta a sua pátria".Oscar D’Ambrosio
Escravizados na Sérvia e na Romênia, queimados pela Inquisição e perseguidos pelo nazismo, eles tomaram a proteção da natureza como filosofia de vida.
Segundo uma lenda cigana, após criar o homem, Deus reuniu todo os povos domundo num lindo gramado e deu direito a cada um de escolher o que quisesse.
Alguns pediram casas, outros riquezas, enquanto os ciganos nada disseram.
Como recompensa, Deus lhes deu o mundo. Daí vem o lema cigano:
"A terra éminha pátria, o céu, o meu teto; a liberdade, a minha religião".
"Os ciganos têm a proteção da natureza como filosofia de vida. Vêem o planeta como seular e, por isso, o preservam".
Texto pesq internet.

domingo, 3 de fevereiro de 2008


Abre a mão e vem pra Vila, que acigana vai ler tua sorte
Vem, vem embarcar no carroção desta magia
Contar a nobre história dos ciganos
Um povo errante, sem pátria e sem fronteiras
Levando a vida a padecer por seus enganos
Mercadores de ilusões abrandam medos
Seduzem fácil com seu jeito de dançar
Reis da alegria pisam o solo que abençoam
Em busca de harmoniosos violinos
Brasas na fogueira a brilhar.
Juntei meu patuá, meu amuleto de cigano
Meu sonho hoje é ler a tua mão
Ouvindo o mar azul, vermelho e branco... uma só voz
Da arquibancada salve a União
Sublime aroma afastando o mau olhado
Exemplo forte de viver e ser feliz
Belas ciganas, riso franco, mesa farta
Tarô da sorte, para o futuro desvendar
Cartomantes, quiromantes e cabalas
Castiçais, ervas cheirosas, meu destino energizar
Místico amuleto nos comboios
A ferradura, sorte vem prenunciar
Vai, povoando o imaginário cortesão
Vendendo adornos, animais, tapeçarias
Bate o martelo, pra fechar mais um leilão.
Sou da Vila amor
A cigana hoje vai ler a tua sorte
Com sua alegria e sedução
Vem fazer a Vila bem mais forte.
(Esc. A.R.C. União da Vila do IAPI.
Compositor: Jesse Parodia, EdsonCustódio, Nego Izolino.
Intérprete: Mauriléia dos Santos Maciel)