quarta-feira, 17 de junho de 2009
Oração aos 7 Ciganos
Postado por Cantinho Mágico às 6/17/2009 09:44:00 PM
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
Sim!Eu sou cigana
Postado por Cantinho Mágico às 2/19/2009 11:15:00 AM
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
Costumes Ciganos
Cigano de "ontem"Primeira metade do sec. XX - França
www.casadei.fr
Violinista ciganoRepública Tcheca
www.slunceveskle.com
Não abandonam a quiromancia, embora professem a religião dominante no país em que se instalam. As adivinhações têm terminologia própria e algumas vezes utilizam as cartas como acessório. Através dos ciganos, o baralho (tarot) foi difundido pela Europa. Assimilam facilmente as artes do lugar onde habitam, em especial a música e as danças folclóricas. Interpretam-nas com um estilo próprio, que inclui o uso do violino, seu instrumento por excelência.Cada grupo tem um chefe natural, escolhido, não-hereditário.
Na família, o membro central é a mãe, que exerce autoridade sobre os filhos e é dona do patrimônio.O mesmo sistema se aplica à tribo, que tem uma mãe tribal, a puri dai, guardiã do código moral. Os infratores são julgados por um júri de "condes". E, nos casos mais graves, a pena é o banimento da tribo.Alguns estudos dão nuances diferentes da organização social dos ciganos, possivelmente em razão da diversidade dos grupos estudados. Quanto à posição das mulheres dizem que "segundo os costumes ciganos, as mulheres devem subserviência aos homens, e as mulheres casadas sempre usam um lenço para cobrir a cabeça".
Postado por Cantinho Mágico às 2/17/2009 06:43:00 PM
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Os ciganos e a Deusa Mãe
Uma vez por ano, ciganos de diversas partes do mundo se dirigem até Saintes-Maries-de-la-Mer, no sul da França, para homenagear Santa Sarah. Segundo a tradição, Sarah era uma cigana que vivia em uma pequena cidade à beira-mar quando a tia de Jesus, Maria Salomé, chegou ali com outros refugiados para escapar das perseguições romanas. Sarah ajudou-os, e terminou convertendo-se ao cristianismo.
Na festa que pude assistir, peças do esqueleto de duas mulheres que estão enterradas debaixo do altar são retiradas de um relicário e levantadas para abençoar a multidão com suas roupas coloridas, suas músicas e instrumentos. Em seguida, a imagem de Sarah, vestida com belíssimos mantos é retirada de um local perto da igreja (já que o Vaticano jamais a canonizou) e é levada em procissão até o mar através das ruelas cobertas de rosas. Quatro ciganos, vestidos com roupas tradicionais, colocam as relíquias em um barco cheio de flores, entram na água, repetem a chegada das fugitivas e o encontro com Sarah. A partir daí, tudo é música, festa, cantos, e demonstrações de coragem diante de um touro.
É fácil identificar Sarah como mais uma das muitas virgens negras que podem ser encontradas no mundo. Sara-la-Kali, diz a tradição, vinha de uma nobre linhagem e conhecia os segredos do mundo. Seria, no meu entender, mais uma das muitas manifestações do que chamam a Grande Mãe, a Deusa da Criação.
Cada vez mais o festival em Saintes-Maries-de-la-Mer atrai gente que nada tem a ver com a comunidade cigana. Por que? Porque o Deus Pai é sempre associado com o rigor e a disciplina do culto. A Deusa Mãe, pelo contrário, mostra a importância do amor acima de todas as proibições e tabus que conhecemos.
O fenômeno não é novidade: sempre que a religião endurece suas normas, um grupo significativo de pessoas tende a ir em busca de mais liberdade no contato espiritual. Isso aconteceu durante a Idade Média, quando a Igreja Católica limitava-se a criar impostos e construir conventos cheios de luxo; como reação, assistimos o surgimento de um fenômeno chamado "feitiçaria", que apesar de reprimido por causa de seu caráter revolucionário, deixou raízes e tradições que conseguiram sobreviver todos estes séculos.
Nas tradições pagãs, o culto da natureza é mais importante que a reverência aos livros sagrados; a Deusa está em tudo, e tudo faz parte da Deusa. O mundo é apenas uma expressão de sua bondade. Existem muitos sistemas filosóficos - como o taoísmo ou o budismo - que eliminam a idéia da distinção entre o criador e a criatura. As pessoas não tentam mais decifrar o mistério da vida, e sim fazer parte dele.
No culto da Grande Mãe, o que chamamos de "pecado", geralmente uma transgressão de códigos morais arbitrários, é bem mais flexível. Os costumes são mais livres, porque fazem parte da natureza, e não podem ser considerados como frutos do mal. Se Deus é mãe, então tudo que é necessário é juntar-nos aos ciganos e adorá-la através de ritos que procuram satisfazer sua alma feminina - como a dança, o fogo, a água, o ar, a terra, os cantos, a música, as flores, a beleza.
A tendência vem crescendo de maneira gigantesca nos últimos anos. Talvez estejamos diante de um momento muito importante na história do mundo, quando finalmente o Espírito se integra com a Matéria, os dois se unificam, e se transformam.
Postado por Cantinho Mágico às 2/11/2009 01:46:00 PM
REZAS CIGANAS
Reza de quebranto
Jesus seja comigo
Esta oração deve ser pronuncida ao meio-dia ou à meia-noite,
Nossa senhora defumou
Reza para obter-se o que é difícil
Rita sois dos impossíveis
Vós aflita e atingida
Apesar de termos colhido da boca de legítimas calins estas orações, notamos que, do mesmo modo por que podem ser delas, podem ser uma assimilação.
Reza para ver-se a quem está ausente
Fulano, por detrás te vejo em cruz; e por mim, fulano, o sol e a luz!
Reza contra bicheiras e insetos
Bichos maus, que fazeis, que comeis, que a Deus não levais?
Permita Jesus do Céu que caiam de um em um, de dois em dois, de três em três, de quatro em quatro, de cinco em cinco, de seis em seis, de sete em sete, de oito em oito, de nove em nove – Assim como Jesus é filho da Virgem de Nazaré.
A cada palavra, a cada frase, fustigam com galhos de arruda ou alecrim a úlcera verminosa, gavetas onde há traças, cupim, etc.
Reza para fazer aparecer negro fugido
Almas! almas! almas! – As três que morreram enforcadas; as três que morreram degoladas; as três que morreram afogadas – Todas três, todas seis, todas nove, que se incorporem no coração de fulano! – Que ele não possa alar, nem sossegar, nem aliviar, sem por esta porta entrar!
Esta invocação declamam, suspendendo uma enorme pedra, que colocam sobre a roupa do delinqüente, torcida em rodilha atrás da porta quando o sino bate meio-dia.
O processo repete-se por três dias consecutivos, no momento convencionado, e, asseguraram-nos as ciganas, ser seguido de êxito.
Reza para chamar a quem está longe
Fulano, eu não tenho por quem te mande buscar, nem por quem te mande abalar, nem por quem te mande quebrar as mãos, cordas do coração! – Só tenho quatro familiais, que estes moram nos Paraísos Infernais! – Vem! Que estes não possam ter sossego, sem que entres por esta porta a dentro!"
Reza para ter-se notícias de alguém ou saber-se o que se deseja
Meu poderoso São Pedro, príncipe de todos os apóstolos, que três vezes dissestes e logo vos arrependestes – Uma cova funda fizestes, onde ouvistes uma voz do céu dizer-vos: - Pedro, assim como isto é verdade ou mentira, mostra-me pela voz do povo...
Durante horas esquecidas dedilham no rosário esta oração, sentadas à porta da rua, e, das palavras ditas ao acaso pelos transeuntes, fazem combinações a que dão inteiro crédito.
Acrescentam elas que o encanto quebra-se, se quem reza fala ou responde a quem lhe questiona.
Reza para prevenir acontecimentos funestos
Eu, fulano, vejo hoje a luz para me encomendar a meu Deus filho da Virgem Maria: - Andarei tão seguramente como andou meu Senhor Jesus Cristo no ventre de Maria Santíssima: - Que nem meus inimigos, nem seus contrários, nem seus adversários, nunca ofenderam.
Assim, minha Mãe Santíssima da Conceição, não será o meu corpo ofendido, o meu sangue derramado, nem mal sentenciado.
Hoje, neste dia, em qualquer hora, com o sangue de meu Senhor Jesus Cristo, andará o meu corpo borrifado, e com o leite de Maria Santíssima andará coberto.
Ó Virgem pura, não fostes vós aquela Senhora, que dissestes pela vossa sacratíssima boca, que todo aquele que por vós chamasse cento e cinqüenta vezes havia de ser valido?
Pois hoje é ocasião. Valei-me, Virgem pura da Conceição!
Se vires, minha Mãe Santíssima, alguma má sentença dada hoje, neste dia, contra meu corpo, pela vossa mão direita será tirada e pela esquerda revogada. Amém.
(MORAES FILHO, Melo. Os ciganos no Brasil e Cancioneiro dos ciganos)
Postado por Cantinho Mágico às 2/11/2009 01:39:00 PM
O POVO DAS ESTRELAS
Postado por Cantinho Mágico às 2/11/2009 11:27:00 AM
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
ORIGENS
Outras informações sobre as origens dos ciganos foram obtidas através de estudos lingüísticos feitos a partir do século passado.
A razão pela qual abandonaram as terras nativas da Índia permanece ainda envolvida em mistério. Parece que eram originariamente sedentários e que devido ao surgimento de situações adversas, tiveram que viver como nômades.
É provável que a corrente migratória tenha passado na Pérsia, mas em data mais recente, entre os séculos IX e X. Vários grupos penetraram no Ocidente, seja pelo Egito, seja pela via dos peregrinos, isto é, Creta e o Peloponeso.
Mas a curiosidade se transformou em hostilidade, devido aos hábitos de vida muito diferentes daqueles que tinham as populações sedentárias.
A presença de bandos de ex-militares e de mendigos entre os ciganos contribuiu para piorar sua imagem.
Os ciganos eram facilmente identificados com os Turcos porque indiretamente e em parte eram provenientes das terras dos infiéis, assim eram considerados inimigos da igreja, a qual, condenava as práticas ligadas ao sobrenatural, como a cartomancia e a leitura das mãos que os ciganos costumavam exercer.
A oposição aos ciganos se delineou também nas corporações, que tendiam a excluir concorrentes no artesanato, sobretudo no âmbito do trabalho com metais. O clima de suspeitas e preconceitos se percebe na criação de lendas e provérbios tendendo a por os ciganos sob mau conceito, a ponto de recorrer-se à Bíblia para considerá-los descendentes de Caim, e portanto, malditos (Gênesis 9:25).
Difundiu-se também a lenda de que eles teriam fabricado os pregos que serviram para crucificar Cristo (ou, segundo outra versão, que eles teriam roubado o quarto prego, tornando assim mais dolorosa a crucificação do Senhor).
Dos preconceitos á discriminação, até chegar as perseguições.
Sob o nazismo os ciganos tiveram um tratamento igual ao dos judeus: muitos deles foram enviados aos campos de concentração, onde foram submetidos a experiências de esterilização, usados como cobaias humanas.
Atualmente, os ciganos estão presentes em todos os países europeus, nas regiões asiáticas por eles atravessadas, nos países do oriente médio e do norte da África. Na Índia existem grupos que conservam os traços exteriores das populações ciganas: trata-se dos Lambadi ou Banjara, populações semi-nômades que os "ciganólogos" definem como "Ciganos que permaneceram na pátria".
Nas Américas e na Austrália eles chegaram acompanhando deportados e colonos; sucessivamente estabeleceram fluxos migratórios para aquelas regiões. Recentes estimativas sobre a consistência da população cigana indicam uma cifra ao redor de 12 milhões de indivíduos.
Deve-se salientar que estes dados são aproximados, pois na ausência de censos, esses se baseiam em fontes de informação nem sempre corretas e confirmadas.
A ORIGEM
A origem indiana dos ciganos é hoje admitida por todos os estudiosos.
A maior parte dos indianistas, porém, fixa a pátria dos ciganos no noroeste da Índia. A maioria, igualmente, os ligam à casta dos párias.
Um dos nomes mais freqüentemente dados aos ciganos era o de Egypcios.
Pode-se perguntar por que o local era chamado de Pequeno Egito.
Nenhum argumento histórico ou lingüístico permite confirmar a hipótese de algum êxodo dos ciganos do Egito, ao longo da costa africana para ganhar, pelo sul, a península ibérica.
O cigano designa a si próprio como Rom, pelo menos na Europa (Lom, na Armênia; Dom, na Pérsia; Dom ou Dum, Síria) ou então como Manuche.
Os gregos diziam Gyphtoï ou Aigyptiaki; os albaneses, Evgité. Depois que partiram das terra gregas, ficou-lhes esse nome, sob diversas formas.
LÍNGUA
A língua cigana (o romani) é uma língua da família indo-européia.
RELIGIÃO
Os ciganos, ao deixarem a Índia, não carregaram suas divindades.
A peregrinação mais citada em nossos dias, quando nos referimos aos ciganos, é a de Saintes-Maries-de-la-Mer, na região da Camargue (sul da França). Antigamente era chamada de Notres-Dames-de-la-Mer.
A origem do culto de Santa Sara permanece um mistério e foi provavelmente na primeira metade do século XIX que os Boêmios criaram o hábito da grande peregrinação anual à Camargue
Postado por Cantinho Mágico às 2/03/2009 04:28:00 PM
domingo, 1 de fevereiro de 2009
Curiosidades sobre o Povo Cigano
Postado por Cantinho Mágico às 2/01/2009 09:02:00 PM
sexta-feira, 30 de janeiro de 2009
CIGANA DO EGITO - FLOR DE LÓTUS
Postado por Cantinho Mágico às 1/30/2009 09:57:00 AM
ETNIA CIGANA: Curiosidades
Além do núcleo familiar, a família extensa, que compreende os parentes com os quais sempre são mantidas relações de convivência no mesmo grupo, comunhão de interesses e de negócios, possuem freqüentes contatos, mesmo se as famílias vivem em lugares diferentes.
Um exemplo de classificação da sociedade cigana (tirado em parte do livro Mutation Tsigane, de J.P.Liégeois)::
grupo > subgrupo> nátsija (nacionalidade)
ROMKalderáshaSerbijája (Sérvios)MinéshtiDemítrox,
SINTI (ou MANUSH)Gáchkane (Alemães) etc.
KALÉ (ou GITANOS ou CIGANOS)
Nota:
Enquanto que entre os Rom a classificação em "subgrupos" acontece com base em identificação de tipo ergonímico (denominação que traz origem na profissão tradicionalmente exercida),
Diferentemente dos Rom, estes não conhecem outras classificações de "nátsija" e de "vítsa".
Com base nisso, o esquema de classificação social desses dois grupos pode ser configurado do seguinte modo:
grupo > subgrupo (= nátsija)> família > indivíduo
Além da família extensa, há entre os rom um conjunto de várias famílias
O nômade é por sua própria natureza individualista e mal suporta a presença de um chefe: se tal figura não existe entre Sintos e Rom, deve-se reconhecer o respeito existente com os mais velhos, aos quais sempre recorrem.
A kris é um verdadeiro tribunal cigano, constituído pelos membros mais velhos do grupo e se reúne em casos especiais, quando se deve resolver problemas delicados como controvérsias matrimoniais ou ações cometidas com danos para membros do mesmo grupo.
Recentemente, a controvérsia se resolve ,em geral, com o pagamento de uma soma proporcional ao tamanho da culpa, que pode chegar a vários milhares de dólares; no passado, se a culpa era particularmente grave, a punição podia consistir no afastamento do grupo ou, às vezes, em penas corporais.
Diáspora Cigana
Há cerca de mil anos, um grupo de famílias saiu da Índia em direção ao Oeste.
Devemos também à diáspora dos ciganos a criação de inúmeras heroínas literárias, desde ciganas legítimas – como Esmeralda amada por Quasímodo, o corcunda de Notre Dame, a Gitanilla de Miguel de Cervantes Saavedra e a Carmem de Georges Bizet – até Capitu, que apesar de brasileira tinha olhos não apenas de ressaca, mas "de cigana oblíqua de dissimulada".
Devemos aos ciganos, enfim, a interminável intriga romântica dos 155 capítulos da novela "Explode Coração", exibida pela Rede Globo, e o remorso por termos deixado que fossem exterminados em massa durante o genocídio nazista.
Nós, os "gadje" - como eles nos chamam -, tivemos pelos ciganos, nos seus mil anos de diáspora, uma atitude pendular entre o fascínio e a desconfiança. Admiramos seu estilo de vida sem âncoras nem raízes, domando ursos, negociando cavalos, trabalhando o cobre, fazendo música.
Por outro lado, os acusamos de todos os males infamantes, da feitiçaria ao canibalismo, de rogar pragas a roubar crianças.
Durante muito tempo, não acreditávamos que os ciganos tivessem sequer uma língua.
A palavra cigana teria sua origem nos "atzigani", seita herética do Oriente médio, praticante da quiromancia, enquanto gitano, corruptela de egiptano (gitane, em francês, gypcie, em inglês) seria uma lembrança da passagem dos ciganos pelo Egito de nossos, não o Egito de nossos Atlas modernos, mas o chamado "pequeno Egito", ocupando o lugar da Grécia.
Foi preciso esperar o século XIX para que surgisse a luz. Estudos sobre as origens da língua cigana – o romani – tornaram-se verdadeira ciência graças aos trabalhos do alemão Pott, do grego Paspati, do austríaco Micklosicyh, do italiano Ascoli. Comprovaram eles que o romani pertence à família indo-européia.
Pelo vocabulário e pela gramática está ligado ao sânscrito (como o português ao latim). Fazendo parte do grupo de línguas neo-indianas, é estritamente aparentando a línguas vivas, tais como o hindi, o goujrathi, o marata e o cachemiri.
Identificando as palavras que foram incorporando-se ao idioma original e seguindo as indicações dos antropólogos, dos historiadores, das tradições orais e até dos grupos sangüíneos foi possível estabelecer com certeza a origem dos ciganos no norte da Índia.
Vieram eles do Estado atual de Délhi ou de seus arredores, muito possivelmente do Rajastão. De lá seguiram até a Pérsia, onde seu caminho se separou em tridente, uma ponta descendo para o Egito, a segunda morrendo na Armênia, a terceira avançando pela Turquia e pela Grécia, de onde os ciganos espalharam-se por toda a Europa e, atravessando o mar, pelo continente americano.
Por onde passavam, os ciganos deixavam sua marca na música e na dança. Puristas afirmam que não existem músicas e danças essencialmente ciganas, mas apenas influências, o que gera controvérsias nas classificações.
O certo é que o cigano não apenas assimilava a música dos países nos quais vivia, mas a mantinha viva, era capaz de enriquecê-la e recicla-la a sua maneira, transportando-a além das fronteiras.
Sua música encantava igualmente o povo e a aristocracia, um dos motivos pelos quais os primeiros grupos que surgiram na Europa, por volta do século XIV, foram bem recebidos.
Cedo, no entanto, surgiu o preconceito com suas conseqüências.
No tempo do nazismo, os ciganos sofreram a mesma sorte dos judeus e dos homossexuais, assassinados lado a lado nos campos de concentração de Ravensbrück, Dachau, Buchenwald, Auschwitz e Birkenau.
Um sobrevivente não cigano relembra uma passagem do ano de 1939 em Buchenwald:
Música Cigana
Foi na Europa central e oriental que a música cigana (vocal e instrumental) teve – e continua a ter – seu público mais fiel e apaixonado.
Desde o século XVII, os senhores magiares mantinham orquestras ciganas.
Dois nomes ficaram na história: o do cimbalista Simon Banyak, protegido da imperatriz Maria Teresa, e Janos Bihari, autor de "Kronunhs", música para o coração da imperatriz Maria Luisa da Hungria, em 1808.
Assim como na Hungria e na Transilvânia, os ciganos eram numerosos na Moldávia, na Valáquia e nos países que viviam a formar a Iugoslávia. Grupos de cantores ciganos foram introduzidos na Rússia pelo conde Aléxis da Moldávia, sob o reinado de Catarina, a Grande, e fizeram enorme sucesso nos anos que se seguiram à guerra de 1812 contra Napoleão.
A música cigana espanhola, conhecida desde os tempos de Cervantes, ganhou popularidade universal com o canto jondo.
Vários compositores europeus foram intensamente influenciados pelos ciganos. Além de Liszt, o mais conhecido, também Haydn, Schubert, Beethoven e Brahms.
Dança Cigana
Danças ciganas sempre foram atração especial nas cortes européias, a começar pela francesa. Desde o tempo de Henrique IV apresentavam-se dançarinos ciganos no castelo de Fontainebleau e na residência da marquesa de Sévigné. Moliére, em O Casamento Forçado, introduz no palco um grupo de ciganos e ciganos dançando ao som de pandeiros.
Na Turquia, a dança era uma das profissões ciganas mais características.
Em Portugal, a Farsa das Ciganas, de Gil Vicente, apresentada em 1521, mostrava quatro mulheres ciganas que cantavam e dançavam.
Foi na Espanha, entretanto e, sobretudo nas terras do sul, no antigo reinado de Granada, que a dança cigana floresceu em seu terreno mais fértil. De seu encontro com a arte árabe nasceria o inigualável flamenco da Andaluzia.
A Língua dos Ciganos
A língua cigana (o romanez) é uma língua da família indo-européia.
Religião dos Ciganos
Os ciganos, ao deixarem a Índia, não carregaram suas divindades.
Nos países conquistados pelos turcos, muitos ciganos permaneceram cristãos enquanto que outros renderam-se ao Islã.
A peregrinação mais citada em nossos dias, quando nos referimos aos ciganos, é a de Saintes-Maries-de-la-Mer, na região da Camargue (sul da França). Antigamente era chamada de Notres-Dames-de-la-Mer.
A origem do culto de Santa Sara permanece um mistério e foi provavelmente na primeira metade do século XIX que os Boêmios criaram o hábito da grande peregrinação anual a Camargue.
Postado por Cantinho Mágico às 1/30/2009 09:43:00 AM
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
OS CIGANOS E A UMBANDA DIVINA
CIGANOS NA UMBANDA
Postado por Cantinho Mágico às 1/27/2009 10:21:00 AM